(à Alexandra Malheiro.)
Os instrumentos assinalam, aqui e ali,
uma irregularidade, os pulmões respondem,
tal como as árvores nas serras, quando
os relâmpagos iluminam as feridas
mais profundas. Pensas no fim do mundo,
o que convém muito a um soneto prometido
ao anjo cuidadoso que te propõe a salvação.
Mas é só uma impressão. Resta a poesia,
restam as palavras que rapidamente se esquecem.
O coração responde, responde sempre, de uma
maneira ou de outra. O hospital adormece
como as dunas sobre a foz dos rios. É essa
imagem que conservas ou transportas,
gravada como uma promessa, um sinal no rosto.
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