De alumínio e, do tanto uso, de um cinza
Baço, encardido. Talvez por isso um dia disse-o
Em voz alta com as lágrimas, ali, longe de tudo
Num banco de Lisboa.
O frio que passou do carro para o autocarro.
As tardes de chuva quando chegava no chão
Sentado ao lado do condutor, ao lado do deus
Que o trazia no mesmo frio, na mesma posição de chinês.
Sem nos dizer do que passava, das suas alegrias
ou tristezas. Assim até o b.i.
A lei portuguesa acenar e dizer dos estigmas
Do trabalho que se deve em nome da mesa.
Não produzia molas suficientes e a marmita
Arrumada para sempre no fundo do armário
Ficou esquecida, mas não o sofrimento.
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