Foi contigo que aprendi a cidade,
sílaba a sílaba,
pedra, aço e lascas de cristal.
A cidade dos pássaros interditos
na ocasionalidade
de um galho por acaso.
A cidade das buganvílias
violáceas de medo,
excrescentes de lirismo.
A cidade dos pães calcetados
e dos meninos que, de
fome, os apetecem.
A cidade das culatras
inevitáveis
para o alvo que lhes sobra.
A cidade protestada a prazo
de um dia
de nunca mais.
A cidade geometrizada
na infalibilidade
dos seus labirintos.
Foi contigo, foi.
Foi contigo que aprendi a amar
desordenadamente.
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