Início Autor Livros Trabalho não publicado Contacto Outros Autores Colaborações Prémio Nobel da Literatura Estatíticas de Votação
Autor Livros Trabalho não publicado Contacto Outros Autores Colaborações Prémio Nobel da Literatura Estatíticas de Votação

Vidas Vividas

Gabriel Del Sarto

Perceber pode não servir, neste excessivo azul-luz,

no sol que continua a esburacar Fevereiro (olhos

sem olhar postos em negras andorinhas de Maio), coisas

por dizer que são caladas: um exausto meio-dia

num cenário de carnaval incerteza (está cheio

de beleza o vazio que no fundo da nossa procura

reaparece sempre) inundado pelo sol de uma graça

animal e mulher. Fico é aqui com os meus bibelôs.


As preces esperaram pelas palavras. A camisola

de lã suada, arrepios de febre, colada às costas.

E edificámos contentamentos por instinto

de conservação, o gesto e o saber viver. Morrer.

Depois reencontrarmo-nos por cima das coisas

perdidas quando os ventos não cessam, motes e esperas, no coração

da noite, um só é o vento quando nos pomos à escuta...

as cãibras, as insónias com geometrias de sombras

e luzes, mas também isto, acreditar por instinto de conservação,

também isto é

sublime e quotidiano.

 

 

 

 

Novo Comentário

Nome (Deixar em branco se não quiser que o seu nome apareça)


Comentário

Carateres restantes: 1000