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Quando alguém vai, como eu, tão longe no absurdo

Gunnar Ekelöf

Quando alguém vai, como eu, tão longe no absurdo
palavras tornam-se de novo interessantes:
Algo soterrado
que se revolve com pá de arqueólogo:

A pequena palavra tu
talvez miçanga
que um dia enfeitara um pescoço

A grande palavra eu
talvez quartzo em lasca
com que um sem-dentes qualquer desfiara sua carne
dura.

 

 

 

 

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