Assim me perguntaste,
assim te respondi:
tudo é paixão.
Como não lamber
da tua pele, o mel
que o desejo fabrica?
E como a minha boca
não recolher o néctar
da tua boca?
Ou como não sorver
das tuas mãos o pólen
da ternura?
E se, em vez de paixão,
for sexo apenas,
ou loucura?
Pode até não ser amor.
Mas, seja o que for,
não é pior.
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