Onde mais basto o mirto abre as folhas
entre o verde trigueiro das folhas vivendo
d'uma escondida nascente o breve riacho
desce no som da erva que germina.
Conduz os sonhos até ao limiar ignoto
d'um vale encantado onde ao estival
sopro derrete a luz a clara oliveira
e a memória é um canto sem angústia.
Amplo alguidar em pedra o errabundo
humor acolhe – na margem pousa
a ânfora – e espelhos faz de nuvens e ramos.
Quebrando um dia os fracos velames
dos musgos levantar-se-á do mais fundo
o deslizar do serpe ou o palpitar da rosa?
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