Uma casa desesperada, irreconhecível,
num jardim calcinado.
É fácil vê-la assim,
faz mais frio do que está, está um gelo.
Vem, perdemo-nos! Mais planos que sempre
são agora os caminhos, desafogada é a vista,
nas nossas costas uma casa aparentemente inabitável.
O gelo estala ao deixarmos o caminho.
Felizmente, infelizmente, como um velho casal
passeamos de braço dado. Tudo falhou,
tudo se quebrou, porém tudo já passou.
Sorrimos, olhos nublados de lágrimas, desgostosos.
Se pararmos, exalamos vapor (vida)
e ouvimos o silêncio, apoiando-nos um ao outro
(triângulo cansado na terra), até
chegarmos a casa e acender a lareira, suspiramos.
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