Como um edredão
a náusea que é o dia
espalha-se pelos campos.
Por baixo prolifera o ódio.
Colheita! O prazo de validade é bom,
o sabor a poucos outros é comparável.
Come, não: devora, deixa escorrer
o sumo vermelho pelo queixo.
Cospe o caroço e planta.
A casca rija fica entre os dentes,
a língua revira-se sem resultado,
mas vale a pena.
Na noite que é o medo, forjam-se planos.
Nos braços extravagantes do amor, permanecemos ofegantes.
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