Nas festas sempre vêm de longe
algumas pessoas adultas,
estranhos, uma família distante
da esposa ou dos amigos.
Em geral é a última vez
que os vês, ou também
a primeira, quase como os retratos
dos velhos mestres na pequena
Exposição de Época. Querem manter-se
galhardos e sorriem para
ti, e para um par de pessoas mais,
como se quisessem gravar suas fotos
no ar. Vê,
move-se-lhes o branco dos olhos.
Entretanto esfria a comida,
o vodka nos copos
impregna-se de vidro, e eles
seguem falando, oferecem-te a tarte
que prepararam em casa. Os homens
já têm sono, as crianças dormem.
Mas quase sempre
alguém os escuta até ao final.
um jovem tímido,
bem educado, já com idade
para tomar vodka
com os adultos, todavia
um pouco aflito
com as mulheres, ainda sozinho
consente amavelmente as palavras
de uma velhinha afável, que amanhã
terá de acompanhar à estação
depois do pequeno-almoço.
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