Alegra-me a presença
dos ciganos no recinto
manejando a pucarinha
com mãos de ilusionista.
Agrada-me o sebo
da mesa de armar,
o chocalhar das moedas,
as ciganas quais corvos
de olhares evasivos
em terra de inimigos.
Nunca lhes temi a navalha
e as promessas, terríveis,
de tripas ao sol:
ternas criaturas de raros dentes,
a soco fendidos, ou dourados,
em carroças de estrelas dormiam
(era no espelho do rio que as via
estacionadas).
Conforta-me vê-los no recinto,
ainda que já não lhes saiba o nome
como soube de certos outrora,
a uns supondo vivos
a outros assassinados.
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