Caídos onde estiveram outrora
a testa encostada ao braço
o rosto voltado para a terra, respirando calmamente.
Sobre a terra, debaixo de cobertores quentes
sob tectos sólidos, enlaçados uns nos outros
à sorte, enrodilhados em si mesmos
enquanto o mundo se abre qual mão
enquanto os dedos procuram outros dedos
outros dedos procuram outros e os peixes
embalam o mar para o acalmar e os navios as suas cargas
e a rádio embala o pai e, como um tecido macio,
o pai a mãe, os candeeiros a noite.
Porque velas. Por que razão alguém
está de vigília, alguém está presente.
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