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FOLHA

Umberto Saba

Sou como aquela folha – olha –
naquele ramo nu, que ainda um prodígio
mantém presa.

Nega-me, pois. De tal não entristeça
a bela idade que te dá essa cor ansiosa
e em mim só se demora num ímpeto infantil.

Dize-me tu adeus, se pela minha parte o não consigo.
Morrer é nada, perder-te é que é difícil.

 

 

 

 

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