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O ENREDO DE MINHA AVÓ NO CEMITÉRIO FAMILIAR

Claudia Emerson

Ela foi a segunda mulher do meu avô. Chegando tarde
até ele, tinha a exacta idade que a primeira esposa
tinha quando ele casou com ela. Fez
de minha avó uma jovem viúva, para surpresa de ninguém,
e ela enterrou-o mesmo ao lado daquela cujos filhos
no enterro, se agarraram mais a ela do que os seus próprios
filhos. Mas pouco dessa história é contado
neste lugar. Os dois estendem-se sob uma pedra,

Mãe e Pai em caligrafia esculpida aos pés
da sepultura. Minha avó, como se por seu próprio desígnio
afastada, está sepultada a um canto, sem ninguém próximo,
enredo extremo, o seu nome de casada como único sinal de
que pertence. E nisso, bem poderia ser Filha ou Irmã
compadecida, uma dessas que nunca se casou.

 

 

 

 

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