Nem todo o homem tem gencianas em casa
no suave Setembro, no lento e triste dia de São Miguel.
Gencianas bávaras, grandes e escuras, somente escuras
escurecendo as horas do dia, tochas com o azul esfumado da
escuridão de Plutão,
alinhadas como tochas, de chama escurecida espalhada de azul
aplanada em pontos, plana sob a varredura de um dia claro
flor em tocha da escuridão azul-esfumada, ofuscação azul escura de Plutão,
candeias escuras dos salões de Dis, ardendo em azul escuro,
emitindo escuridão, escuridão azul, como as pálidas candeias de Deméter
espalhando luz,
guiando-me então, escolhendo o caminho.
Colhe-me uma genciana, dá-me uma tocha!
deixa que me guie com a forcada tocha azul desta flor
pelas escadas abaixo, cada vez mais escuras, onde o azul é escurecido em
azulado
onde mesmo Prosérpina vai, agora mesmo, desde o Setembro gelado
até ao reino cego onde a escuridão é desperta sobre o escuro
e a própria Prosérpina não é senão uma voz
ou uma escuridão invisível envolta na mais funda escuridão
dos Plutónicos braços, e perfurada com a paixão da densa escuridão,
por entre o esplendor de tochas de escuridão, derrama escuridão sobre
a perdida noiva e o seu noivo.
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